quinta-feira, 22 de agosto de 2019

«Amélia de Orleães» de Margarida Durães


Amélia de Orleães era uma mulher elegante, amável e culta. Como mãe, foi uma educadora atenta e exigente, preparando os filhos para cargos que não exerceriam. Parecia também ser a esposa ideal de D. Carlos. Graças à sua iniciativa, foram modernizados os sectores da saúde e assistência social
e foram criadas diversas instituições.

No entanto, a última rainha de Portugal nunca conseguiu conquistar (a maioria d’) os portugueses,
tendo ficado conhecida pela rainha mal-amada.

Trata-se de uma biografia que se distingue das demais pelo rigor historiográfico, apresentando os
acontecimentos por ordem cronológica de modo a atrair a atenção do leitor e a fazê-lo partilhar, tanto
quanto possível, das emoções da vida da biografada. É desenvolvida uma narrativa centralizada em D. Amélia, nunca permitindo que ela passe para segundo plano; expondo e não impondo; perseguindo e valorizando detalhes ínfimos; por último e não menos importante, procurando a verdade, «porque uma biografia não é um romance».

Entre o nascimento e a morte no exílio, Amélia de Orleães viveu oitenta e seis anos repletos de
momentos felizes, mas também de desilusões e traições. A sua vida foi uma luta contínua, espelhando um dos períodos mais críticos da história de Portugal e da Europa.

Sinopse:
Elegante, amável e culta, D. Amélia parecia ser a esposa ideal do rei D. Carlos. Como mãe, foi uma educadora atenta e exigente, preparando os filhos para cargos que não exerceriam.
Porém, o «ofício» de rainha consorte foi mais além. No ramo do bem-fazer, graças à sua iniciativa modernizaram-se os sectores da saúde pública e da assistência social em Portugal, estando a sua memória associada a várias instituições criadas durante o seu reinado, sendo de destacar o Dispensário de Alcântara (1893), o Instituto Bacteriológico de Lisboa (1892), a Assistência Nacional aos Tuberculosos (1899) e os sanatórios instalados por todo o país. 
No ramo das artes, como grande apreciadora do nosso património histórico, devem-se-lhe muitos restauros e objectos que se encontram nos palácios e museus portugueses e, sobretudo, a criação do Museu dos Coches (1905).
A 1 de Fevereiro de 1908 presenciou o assassinato do marido e do filho mais velho, e, no dia 5 de Outubro de 1910, foi obrigada a partir «do país ao qual tudo tinha dado, tudo tinha sacrificado e que todas as dores e todas as amarguras lhe tinha feito sofrer». Faleceu em Outubro de 1951 no Château Bellevue, em Versalhes. Os seus restos mortais foram trasladados para Portugal, onde lhe foram prestadas as últimas homenagens, como rainha de Portugal, antes de serem depositados no Panteão dos Braganças, ao lado do marido e dos filhos.