terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Rufus Wainwright na 1ª edição do Festival Jardins do Marquês


Continua a contagem decrescente para a primeira edição do Jardins do Marquês – Oeiras Valley. Nos primeiros dias de Julho, os Jardins do Palácio do Marquês de Pombal acolhem uma experiência sofisticada, desenhada para despertar todos os sentidos, e focada na qualidade e diversidade dos artistas que integram o seu cartaz. Depois das confirmações de Cat Stevens, Lighthouse Family e dos portugueses Camané e Mário Laginha, Rufus Wainwright traz o seu talento e o seu ecletismo aos Jardins do Marquês, no dia 7 de Julho.

É difícil andar neste mundo e nunca ter ouvido a voz deste senhor. Rufus Wainwright é um dos compositores e intérpretes mais aclamados das últimas décadas. Filho de outros dois músicos, Loundon Wainwright III e Kate McGarrigle, a arte apareceu desde muito cedo para o jovem Rufus. Começou os seus estudos de piano com apenas seis anos e aos 13 já atuava com a sua mãe, a sua tia Anna e a sua irmã Martha no grupo McGarrigle Sisters and Family. Pouco depois, foi nomeado para um Juno (uma espécie de Grammy Canadense) na categoria de artista mais promissor daquele ano.  O gosto pela ópera marcou a sua adolescência e foi influenciado por nomes como Edith Piaf, Al Jolson e Judy Garland. O pop e o rock chegariam mais tarde, quando Rufus passou a ser uma presença assídua no circuito de bares de Montreal. 
O talento do jovem músico era cada vez mais evidente para todos, também fora do Canadá, e essa crescente popularidade fez com que editasse o seu primeiro. “Rufus Wainwright” foi considerado por vários críticos como um dos melhores discos do ano de 1998. Os anos seguintes foram passados a dar concertos, um pouco por todo o lado, até ao lançamento do segundo disco: “Poses”. Estes dois primeiros discos ganharam o prémio Juno na categoria de melhor disco alternativo. Até este momento Rufus já editou sete discos, três DVDs e três discos gravados ao vivo, sem nunca perder a sua “genuína originalidade”, como escreveu o New York Times sobre si. 

Ao longo destes anos Rufus Wainwright teve a oportunidade de colaborar com nomes como Elton John, David Byrne, Boy George, Joni Mitchell, Pet Shop Boys, entre outros. E o seu nome também se estabeleceu no mundo da música clássica, principalmente depois da edição da sua primeira ópera. “Prima Donna” estreou no Manchester International Festival em julho de 2009 e foi sucesso. Em 2016, nos 400 anos da morte de William Shakeapeare, editou “Take All My Loves: 9 Shakespeare Sonnets”, com as participações de Helena Bonham Carter, Fiora Cutler, Peter Eyre, Carrie Fisher, Inge Keller, Siân Phillips, Anna Prohaska, Florence Welch, entre outros. Rufus prepara-se para editar um novo disco em 2020, com a produção de Mitchell Froom. O single “Trouble in Paradise” já viu a luz do dia e Rufus promete trazer esse e outros temas novos a Portugal, dia 7 de Julho nos Jardins do Palácio do Marquês de Pombal em Oeiras.