quinta-feira, 19 de março de 2020

Renault Morphoz



Aproxime-se e repare nos sinais que o veículo lhe dirige. Ele reconhece-o e dá-lhe as boas-vindas. Instale-se a bordo e embarque numa experiência inédita: está dentro de um veículo inteligente e modular que cria novos limites. Um veículo pensado à medida, que se adapta a todas as utilizações, tanto as do quotidiano, com pequenos percursos, como as que exigem um maior raio de acção. Um veículo pessoal, que pode partilhar quando não o está a utilizar. Um veículo pensado para se integrar nos mais variados ecossistemas e promover o convívio entre os seus ocupantes. Um veículo autónomo para conduzir e deixar-se conduzir.

Este veículo futurista ilustra a visão da Renault para a mobilidade eléctrica pessoal e partilhada no horizonte pós-2025. O seu nome? Morphoz, um veículo que explora, plenamente, a futura plataforma modular elétrica CMF-EV da Aliança, para oferecer várias configurações em termos de potência, capacidade e autonomia, mas também de habitabilidade e volume de porta-bagagens.

Fiel ao ADN da marca, o concept-car Morphoz representa, na estratégia de design da Renault baseada no ciclo da vida, a pétala family - família. Todavia, não expressa somente uma visão exploratória da mobilidade. Com o seu design, detalhes e apresentação interior, antecipa também uma nova família de modelos eléctricos Renault, que chegará nos próximos anos.

O principal travão à compra de um veículo eléctrico é ainda a autonomia que é anunciada. Mas esta ideia restritiva da mobilidade eléctrica desaparecerá em breve. O concept-car Renault Morphozé disso a melhor prova.



O Renault Morphoz é um concept-car de crossover modular, 100% elétrico, recarregável por indução, mesmo em andamento. Sempre conectado, está dotado de funções de condução autónoma de nível 3 e de funções específicas de partilha.

A modularidade do Morphoz exprime-se através da transformação física que se opera entre as suas duas versões: a versão curta «City» e a versão longa «Travel». O veículo consegue adaptar-se aos diferentes momentos de vida dos seus utilizadores, entre uma utilização quotidiana e os trajectos de férias, por exemplo.

Para isso, a versão City integra uma capacidade de baterias que corresponde exactamente às necessidades do dia a dia, enquanto a versão Travel está preparada para receber uma capacidade adicional que lhe permite percorrer longas distâncias. 

City mode
Na versão curta City, o Renault Morphoz tem 4,40 metros de comprimento. A distância entre eixos de 2,73 metros permite-lhe receber, sem problema, os 40 kWh das baterias de que dispõe inicialmente.
Nesta configuração, o Morphoz exibe uma assinatura luminosa específica realçada por segmentos de LED suplementares. O seu estilo é também mais acentuado, com um capô curto que simboliza a agilidade de um veículo citadino com motorização eléctrica.



Travel mode
Na versão longa Travel, o Renault Morphoz tem 4,80 metros de comprimento. A distância entre eixos progride nas mesmas proporções para 2,93 metros e, assim, a transformação favorece, simultaneamente, a capacidade de incorporação de baterias e o espaço interior. Esta tecnologia inédita permite integrar mais 50 kWh de baterias (totalizando uma capacidade de 90 kWh) e oferecer mais espaço para as pernas dos passageiros e para bagagem. O veículo dispõe, assim, de todos os argumentos para enfrentar longas distâncias, com uma transformação, que lhe permite otimizar o aerodinamismo, graças a um perfil e a uma dianteira mais afilados. A versão Travel beneficia de uma identidade dianteira específica.

O princípio do Travel Extender
A capacidade da bateria nominal de 40 kWh, da versão City, do Renault Morphoz, proporciona-lhe uma autonomia de 400 km, o que é largamente suficiente para as utilizações urbanas e periurbanas do dia a dia e que que lhe permite responder a mais de 90% das necessidades dos utilizadores.
Para os 10% restantes, que representam as distâncias mais longas, o Morphoz pode ser equipado com um pack suplementar de baterias, segundo o princípio do «Travel Extender». Numa estação dedicada, o veículo transforma-se na versão Travel, ao mesmo tempo, que uma tampa situada na carenagem do fundo plano se abre por cima da tampa da estação. 50 kWh de baterias são instaladas a bordo do veículo. Em alguns segundos, o Morphoz sai da estação com uma autonomia de 700 km se for utilizada a autoestrada.
No regresso, o utilizador passa novamente por uma estação para «devolver» as baterias suplementares e voltar à capacidade inicial de 40 kWh, bem como à configuração City do veículo. A estação carrega, então, as baterias para que fiquem prontas a ser utilizadas. Também pode dar-lhes um uso diferente, enquanto não são instaladas num outro veículo: alimentação de uma estação de carregamento, armazenamento de electricidade ou iluminação de uma infraestrutura ou edifício próximo, por exemplo.

Um habitáculo que se adapta ao condutor e aos passageiros

Quando o condutor se aproxima, o concept-car Renault Morphoz activa uma sequência luminosa para demonstrar que detectou e reconheceu aquele que se sentará ao volante. Bastará, então, um gesto da mão para que o veículo se destranque e as portas se abram. A abertura antagónica das portas, combinada com a ausência de pilar central, facilita a entrada a bordo dos passageiros, que descobrirão um habitáculo acolhedor, que se transforma para se adaptar às necessidades do condutor e dos passageiros.

Um ecrã LIVINGSCREEN retráctil
O condutor dispõe de um volante futurista, no centro do qual, um ecrã de 10,2 polegadas exibe as principais informações de condução e de segurança. Por trás do volante, estende-se um painel de bordo, a que parece faltar o tradicional quadro de instrumentos e o ecrã Multimédia.
Será apenas, se solicitado pelo condutor – que, desta forma, pode escolher libertar-se totalmente de ecrãs – que este painel de bordo se abre para permitir ao quadro de instrumentos LIVINGSCREEN expandir-se, graças a uma cinemática de vanguarda. É neste amplo e único ecrã que estão reunidas as informações de condução e as do sistema multimédia. 
Esta mudança de apresentação está disponível, tanto na condução manual, como autónoma.

Um banco do passageiro basculante
O habitáculo do Morphoz dispõe de um modo «Partilha» que permite aos passageiros – mas não ao condutor, que deve manter-se de frente para a estrada – ficarem frente a frente, para momentos de convívio e de partilha de actividades.
Para isso, o banco do passageiro dianteiro pode posicionar-se, de forma totalmente simétrica, em sentido oposto, orientado para a traseira. Os passageiros, que poderão então beneficiar da extensão da consola central, sentir-se-ão como se estivessem numa sala.



Bancos traseiros deslizantes
Quando o Morphoz passa do modo City ao modo Travel, os bancos dos passageiros traseiros desfrutam, automaticamente, de uma nova amplitude do espaço interior, que lhes permite recuar os bancos.
Os passageiros beneficiam assim, nesta configuração, de mais espaço para as pernas. Também podem sentar-se como num sofá de sala, em volta de uma mesa, simbolizada pelo ecrã da consola central que se expande.

Condução autónoma de nível 3
O concept-car Renault Morphoz está dotado do sistema de condução autónoma de nível 3, de entre os 5 definidos pela nomenclatura técnica da SAE International. Igualmente designado por «Eyes off-Hands off», este nível permite ao condutor retirar as mãos do volante, delegando a condução ao veículo num determinado número de situações predefinidas e em vias autorizadas. Pode ser o caso, por exemplo, em autoestrada e em engarrafamentos nas vias rápidas.

O veículo é capaz de gerir a distância que o separa do veículo da frente, manter-se na sua via de trânsito mesmo nas curvas, mudar de via (efectuar uma ultrapassagem, por exemplo) e avançar com segurança num engarrafamento. Mas o condutor deve ser capaz de assumir o controlo do veículo muito rapidamente (em alguns segundos), em caso de perigo potencial ou quando os sensores do veículo deixam de conseguir «ler» correctamente o trajecto. É, por esta razão, que o volante do Morphoz mantém o seu lugar, mesmo quando o grande ecrã do quadro de instrumentos é recolhido para o painel de bordo.

O nível 3 da condução autónoma dá ao condutor liberdade de movimento das mãos e dos olhos para, por exemplo, através do sistema multimédia do veículo, ditar emails ou SMS, ler conteúdos multimédia, etc.

Neste momento, a Renault propõe, nos seus modelos mais recentes (Novo Clio, Novo Captur, Novo Espace, Novo Mégane, Novo Talisman), o sistema de assistência na condução em autoestrada e trânsito, que combina o regulador de velocidade adaptativo (com Stop & Go) e a assistência na condução no centro da via, para oferecer uma prestação de autonomia de nível 2.

Quando a legislação o autorizar e as evoluções tecnológicas que permitem chegar ao nível 3 forem generalizadas, os modelos Renault serão equipados com tecnologia de automação de nível 3, mas, enquanto isso não acontece, os sistemas de ajuda à condução, como a assistência na condução em autoestrada e trânsito, continuarão a beneficiar de desenvolvimentos, nomeadamente através da integração de uma maior conectividade relativamente aos outros veículos e às infraestruturas.