O primeiro indício do cataclismo foi o silêncio aziago. Com as suas bandas sonoras enfraquecidas, as regiões rurais, os jardins suburbanos e os parques urbanos tornaram-se imitações sem vida de si próprios. Já não se ouvia o zumbido de uma abelha, o cricrilar metronómico de um grilo, o zunido incómodo de um mosquito.
O leitor imerge na nova obra de Oliver Milman com um cenário distópico de um mundo sem insetos e consequências inimagináveis: a alimentação animal, a queda da cadeia alimentar, o amontoar de carcaças de animais, a inexistência de alimentos por falta de polinização, as doenças por má nutrição, o aumento drástico da mortalidade. A Crise dos Insetos, disponível nas livrarias a 23 de junho, explora minuciosamente o impacto dos minúsculos impérios no mundo.
Fruto de uma investigação sólida e informativa, Oliver Milman fala com cientistas e entomologistas que estudam esta catástrofe à escala planetária e questiona-se por que motivos essas criaturas extraordinárias estão a desaparecer, quais as consequências da diminuição das suas populações e o que se pode fazer para conter a perda dos impérios em miniatura que sustentam a vida como a conhecemos.
Sobre o Autor
Oliver Milman é jornalista, especializado em questões ambientais. Correspondente do Guardian nos Estados Unidos
da América, conhece em primeira mão as consequências da crise climática, desde o degelo no Ártico aos incêndios
devastadores da Califórnia e à destruição causada pelos furacões em Porto Rico. Ajudou a estabelecer as operações
do Guardian na Austrália, reportando os efeitos crescentes das alterações climáticas nas cidades, nas quintas e na
Grande Barreira de Coral. Os seus artigos sobre o ambiente, os negócios e a indústria dos media têm sido publicados
em diversas revistas, nomeadamente The Age in Australia, e The Ecologist e New Internationalist no Reino Unido.