quarta-feira, 22 de junho de 2022

Os Cinco Homens que Mudaram Portugal para Sempre




“Os Cinco Homens que Mudaram Portugal para Sempre, Biografias Cruzadas, do Berço à Democracia”, da jornalista e investigadora Isabel Nery, é editado pela Dom Quixote na próxima terça-feira, 28 de Junho. Mário Soares, Sá Carneiro, Álvaro Cunhal, Freitas do Amaral e Ramalho Eanes são os políticos responsáveis pela mudança mais importante da história moderna do país: a transição para a democracia. Aqui se conta como foram as suas vidas, os seus sucessos e insucessos, o que mais os marcou e o que os fez lutar –, e como todos eles se cruzaram nesse período extraordinário saído de 40 anos de ditadura.

Se Mário Soares regressa a Portugal três dias depois do 25 de Abril, Álvaro Cunhal chegará logo a seguir. Ambos tinham uma multidão à espera, mas cada um deu um rumo diferente à revolução. Enquanto os dois exilados testavam um lugar na vida portuguesa, Francisco Sá Carneiro era chamado do Porto a Lisboa para se reunir com Spínola, o presidente da Junta de Salvação Nacional. Por esses primeiros dias de liberdade, havia ainda espaço para a democracia cristã liderada por Diogo Freitas do Amaral. E embora António Ramalho Eanes estivesse em África no dia da revolução, o general ficaria para sempre associado ao 25 de Novembro de 1975, quando a instabilidade do Verão Quente amaina e tudo, ou quase tudo, se clarifica... Soares, Sá Carneiro, Cunhal, Freitas do Amaral e Ramalho Eanes: sem estes cinco homens, é difícil imaginar Portugal.

“A natureza bendiz os sobreviventes. As lendas afagam os predestinados. Imunes a adversidades e tragédias familiares, os nossos cinco homens viveram para contar a sua própria história. E para liderar a do país. Vão lutar pelo poder. Vão ser amigos. Vão ser inimigos. Vão tentar aniquilar-se. Vão comungar de alguns valores e confrontar-se por outros. Vão ditar os destinos de Portugal – até poder contabilizar mais tempo de vida em democracia do que em ditadura.”

Sobre a Autora

Isabel Nery é jornalista, ensaísta e autora de várias obras de não-ficção, como a biografia Sophia de Mello Breyner Andresen, Chorei de Véspera – Ensaio sobre a Morte por Amor à Vida, As Prisioneiras – Mães Atrás das Grades e Política e Jornais – Encontros Mediáticos. Doutorada em Ciências da Comunicação, com tese sobre Jornalismo Literário e Neurociências, foi vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e é membro do comité executivo do projeto Literacia para os Media e Jornalismo.

Dois dos seus livros foram adaptados para curtas-metragens pela realizadora Margarida Madeira (Os Prisioneiros e Ensaio Sobre a Morte). Também a reportagem Vida Interrompida conheceu um novo formato ao percorrer o país como exposição itinerante. Enquanto jornalista mantém colaboração com publicações internacionais, como o jornal holandês "De Correspondent". Passou pela televisão, diários e semanários, tendo trabalhado 15 anos na revista Visão, onde escreveu para as secções de Sociedade, Internacional e Política. Fez parte da equipa que criou a Visão Júnior, revista de que foi editora.

A curiosidade pelo outro, levou-a ainda adolescente, a estudar na Alemanha e mais tarde em Espanha e nos EUA. A mesma curiosidade conduziu-a ao jornalismo, depois da licenciatura em Relações Internacionais e do mestrado em Comunicação, foi coordenadora do núcleo de investigação em Jornalismo e Literatura no Clepul, centro de investigação da Faculdade de Letras de Lisboa. Como investigadora, publicou ensaios na área do Jornalismo e apresentou comunicações em várias instituições portuguesas e estrangeiras, entre elas a Universidade de Harvard e o King´s College, Canadá. Foi distinguida com vários prémios, entre eles o Prémio Mulher Reportagem Maria Lamas, o Prémio Jornalismo pela Tolerância, o Prémio Paridade Mulheres e Homens na Comunicação Social, e o Prémio Jornalismo e Integração, da UNESCO.