terça-feira, 17 de julho de 2018

Belém Art Fest


O Belém Art Fest, Festival dos Museus à Noite, vai tomar de assalto os mais emblemáticos espaços da cidade nos dias 27 e 28 de Julho. Témé Tan, Anna Leone, Mike El Nite, Selma Uamusse, Kastrupismo, Tomara, Monster Jinx ft Darksunn + J-K e Funkamente!, são as recentes confirmações para a 7.ª edição, que ao longo de dois dias vai unir a música, a arte e o património, numa perfeita simbiose.

Dia 27 de Julho é dia de receber Témé Tan no Museu Nacional de Arqueologia. O artista natural da República Democrática do Congo, criado entre Kinshasa e Bélgica, inspira-se nas suas viagens para criar música ultramoderna. Muitos dos melhores e mais inovadores músicos são aqueles que produzem uma síntese radical de sons e culturas de todos os continentes - mas são poucos os que o fazem com tamanha destreza, leveza de toque e entusiasmo como Tanguy Haesevoets, também conhecido como Témé Tan.

Anna Leone, considerada uma jóia da Suécia, chega a Portugal dia 28 para atuar no Museu Nacional de Arqueologia. "Wandered Away" é o seu deslumbrante EP de estreia composto por músicas acústicas delicadas e extravagantes. Uma artista tímida, mas poderosa, nos primeiros estágios da sua carreira, já reuniu streams impressionantes no Spotify e na sua passagem pelo A COLORS SHOW, o conhecido canal de youtube que já revelou artistas como Mahalia e Jorja Smith.

No mesmo dia, Mike El Nite apresenta-se no Museu Coleção Berardo. O rapper português, que lançou este ano “Dr. Bayard”, o primeiro single do seu novo EP, não se inibe de desenterrar os guilty pleasures portugueses do passado e de voltar a apresentá-los sob uma lente contemporânea. A sonoridade, aliada à habilidade lírica, sempre tingida de um lado interventivo, resultou num dos grandes lançamentos de 2016 com “O Justiceiro”. O primeiro álbum de Mike El Nite foi aclamado pela crítica e considerado como um dos álbuns nacionais do ano pela Antena 3.

Selma Uamusse leva as suas raízes Africanas ao magnífico palco do Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, dia 27. Canta as suas letras na língua de Moçambique, em changana e em chope, integra na sua música instrumentos tradicionais como a timbila e a mbira, assim como influências do seu percurso entre o Jazz, Rock’n’Roll , o Gospel e o Soul. Selma Uamusse soa a uma explosão de géneros. O primeiro disco ouve-se como duas viagens simultâneas entre Portugal e Moçambique, onde a cantora se abastece de sons e partilha a sua identidade.

Guilherme Kastrup traz ao Museu Nacional de Arqueologia, dia 28, o seu projeto autoral Kastrupismo. Uma combinação das raízes da música brasileira com a música eletrónica e o jazz. Reconhecido por ser o criador e diretor do premiado “A Mulher do Fim do Mundo”, e do “Deus é Mulher” que uniram a diva do samba Elza Soares, o baterista, e produtor musical, colaborou ainda com grandes nomes da música brasileira como Adriana Calcanhoto,  Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Vanessa da Mata e Zeca Baleiro entre outros.

Filipe Monteiro, de nome artístico Tomara, atua dia 28 no Picadeiro Real. Depois de passar por algumas bandas de garagem, experiência rica e frutuosa no seu percurso inicial, Tomara é um passo em frente. Trata-se da primeira obra em nome próprio, uma nova aventura sob um alter-ego. “Favourite Ghost” foi editado em Setembro de 2017 e inclui os temas “Coffee and Toast” e “For No Reason”. Filipe Monteiro consegue, de forma singular, focar o ouvinte para uma espécie de dimensão supra-emocional.

Monster Jinx, o coletivo artístico grande Monstro Roxo, vai apresentar, no dia 28 de Julho no palco do Museu Coleção Berardo, dois dos seus fundadores, Darksunn e J-K. O autor de hip-hop com mais de 15 anos de produção, Darksunn, vai apresentar a sua música, animadora mas onde há algo meio assustador. J-K nasceu no Congo, cresceu na Sertã, viveu em Lisboa, morou no Porto e voltou a Lisboa. Não que isso tenha influenciado a sua música. Foram outros os poderes que açucaram a sua imaginação. A única forma que conhece para organizar o cérebro é a música e o único método que lhe enche as medidas é o Hip-Hop. Quando não está irritado com tudo ou contente com nada, distorce a vida e cria novos enredos para o dia a dia.

Juntando-se ao cartaz do Festival do Museus à Noite, a 27, Funkamente! atuam no Museu Coleção Berardo. Funkamente! é o que apetece dizer quando estes dois se encontram na cabine. Em conjunto acumulam muitas horas na pista, tantas outras no seu comando e bastantes discos na coleção. Quando Midnight e Bungahigh se juntam para fazer dançar, enchem a mala com discos que se tornaram clássicos, muitos que deram trabalho a encontrar e que não resistem a partilhar com a pista e por vezes a ideia é surpreenderem-se um ao outro. O set é completamente back-to-back e esta batalha transforma-se numa colaboração que resulta em muita dança e que vai do Soul ao Funk, do Disco ao House, do Afrobeat às obscuridades da música portuguesa e brasileira.

Belém, o mais importante eixo cultural da cidade, vai receber durante dois dias um cartaz de luxo com concertos únicos no Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, Museu Coleção Berardo, Museu Nacional de Arqueologia, Picadeiro Real, Jardins do Palácio de Belém, Museu da Presidência da República e ainda no Jardim da Praça do Império. Junta-se a esta programação exposições, visitas guiadas noturnas, street food e artesanato.

Esta iniciativa é uma produção da Amazing Adventure em parceria com a Everything is New, Direção-Geral do Património Cultural, Museu Coleção Berardo, Câmara Municipal de Lisboa, Museu da Presidência da Républica, e Junta de Freguesia de Belém.