Sara teve a sua estreia antecipada na última edição do festival IndieLisboa (Maio de 2018) onde, pela primeira vez, se exibiu uma série para televisão. Sara marca também a estreia de Marco Martins na ficção televisiva. A partir de uma ideia original de Bruno Nogueira, o realizador constrói uma sátira ao meio audiovisual português e, em particular, ao mundo da televisão.
Ao longo de oito episódios, acompanhamos Sara, uma actriz de quarenta e dois anos, que começa a questionar as suas escolhas profissionais e a sua carreira até àquele momento. Sozinha e com um pai doente, decide então abandonar o cinema de autor e o teatro dos grandes textos, áreas onde se notabilizou, para experimentar o mundo das telenovelas.
Adorada pelos realizadores e encenadores com quem trabalha, Sara é conhecida pela profundidade trágica que consegue imprimir em todas as personagens que interpreta. De resto, é sempre para isso que a convidam, personagens trágicas.
Cansada de chorar, abandona a rodagem do seu último filme e refugia-se em casa sem saber o que fazer. Numa busca pelos tempos que correm, Sara começa então a experimentar o mundo das novelas, das redes sociais, das sessões fotográficas para revistas cor-de-rosa e começa a frequentar com regularidade um motivador pessoal, uma espécie de life coach de emoções, numa busca por algo diferente que a faça sentir-se mais próxima do grande público.
Ao longo de oito episódios, acompanhamos a tentativa de adaptação de Sara a um estilo de vida de fama rápida e de promiscuidade, as suas frustrações, dúvidas e o drama de uma actriz de cinema cansada de pensar demais. E de chorar.