terça-feira, 9 de outubro de 2018

Noites de Queluz - Tempestade e Galanterie regressam ao Palácio de Queluz


As “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” estão de volta ao Palácio Nacional de Queluz, entre 19 de Outubro e 4 de Novembro, sempre às 21h30. Os sete espetáculos desta quarta edição acontecem na Sala do Trono e na Sala da Música e celebram o esplendor setecentista e oitocentista com repertórios criteriosamente enquadrados no contexto histórico do Palácio.

O primeiro concerto dá desde logo o protagonismo a uma das mais-valias deste ciclo: o pianoforte Clementi, instrumento histórico (datado de c.1805) do acervo do Palácio de Queluz. Stefania Neonato e Francesca Vicari abordam o repertório para violino e tecla do período Clássico em “As várias faces de um mesmo género”, no dia 19 de Outubro.

No dia 20 de Outubro, efetuamos uma viagem “Dos salões londrinos até à sala de concerto” com o tenor inglês Ian Bostridge e a pianista Saskia Giorgini. Ambos trazem a Queluz um recital que dará a ouvir obras de Haydn e Schubert.

Accademia del Piacere regressa a Sintra meses após ter marcado presença no ciclo “Reencontros”, no Palácio Nacional de Sintra. No dia 21 de Outubro, este ensemble e o soprano Nuria Rial apresentam-nos “Muera cupido – A tradição musical teatral em Espanha em 1700”, incursão pela música de autores como Sebastián Durón, José de Torres ou José de Nebra.

No dia 27 de Outubro, o saltério, instrumento medieval que gozou de grande popularidade em Espanha até finais do século XVIII, soará no Palácio de Queluz, trazido pelo ensemble Il Dolce Conforto. Em “O sonho de Goya – O ´salteri’ na Espanha galante (1750-1780)” este ensemble apresenta um repertório que propõe uma transformação sonora do imaginário pictórico correspondente à primeira fase de produção de Francisco de Goya.

Prosseguem as Noites de Queluz com uma estreia mundial moderna no que é mais um capítulo de um esforço inscrito no Ciclo desde a primeira hora e que visa recuperar as óperas e serenatas escritas durante o século XVIII para o Palácio. Em 2018, é a vez da serenata ‘Perseo’, de João de Sousa Carvalho, ouvida pela primeira vez no verão de 1779, no âmbito das festividades do 62.º aniversário de D. Pedro III e que nunca mais foi executada. Será a 28 de Outubro, com interpretação de um conjunto de solistas e da Orquestra Divino Sospiro, sob a direção do maestro Vanni Moretto.

Pelo segundo ano consecutivo, a Orquestra Barroca Casa da Música marca presença nas Noites de Queluz e traz desta vez como solista e maestro o alemão Andreas Staier, um dos grandes nomes da música antiga internacional. No dia 3 de Novembro, apresentam “Portugal no mapa do barroco e um ‘hit’ de Boccherini”, um programa em torno dos dois concertos para tecla de Carlos Seixas (1704-42) e da música ibérica de Setecentos.



Numa viagem pelo cenário musical setecentista português, é inevitável referir-se a escola napolitana, que marcou a escrita lírica e orquestral da época. Ela será invocada pelo soprano Raffaela Milanesi, que, acompanhada da orquestra Divino Sospiro, sob a direção de Massimo Mazzeo, protagoniza o programa “Mozart e o estilo Napolitano”, no dia 4 de novembro, com isso encerrando a 4.ª Temporada de Música da Parques de Sintra.



O ciclo Noites de Queluz é uma iniciativa conjunta da Parques de Sintra e do Centro de Estudos Musicais Setecentistas em Portugal (CEMSP), tendo por diretor artístico o maestro Massimo Mazzeo.