Durante os anos que separam a sua infância da maioridade, Ricardo Ramos e Beatriz Rodrigues sonharam e almejaram entrar para o restrito grupo de eleitos criadores ficando presos nas garras da distância e dos ventos desoladores da sua terra natal, Viseu.
Nos últimos sete anos percorreram as terras e meios dos eleitos de modo independente conhecendo inúmeros artesãos do processo criativo com quem partilhavam o amor e empenho pela arte (por vezes eram por esta mesma razão denominados de "amadores") e aprenderam que procuravam encarnar um termo distante e para eles vazio. Assim, optaram por caminhar esse mundo paralelo onde foram aceites como iguais, esse mundo que separa criadores reconhecidos de amadores... os eleitos dos freaks!
The Dirty Coal Train são um power trio de instrumentos amaldiçoados que debitam decibéis de inspiração no DIY do punk, no garage dos 60 e no cinema de série B onde coabitam com monstros, vampiros, psicopatas, ovnis e demais parafernália. Neste disco arriscam por temáticas ou sonoridades menos familiares para a banda como experimentações electrónicas, sons experimentais mais soturnos, esquizofrenia pop e covers de temas clássicos.
Depois de quatro álbuns, uma compilação e cinco singles promovidos com datas pela Europa e América do Sul, a banda começa agora a sua tour de promoção de “Portuguese Freakshow”, um disco que conta com um enorme leque de convidados do underground rockeiro português que ao longo dos anos tocaram com a banda e que neste disco participam e contribuem para as criações do duo.
O duplo LP será lançado em vinil dia 4 de Maio pela Groovie Records em parceria com a Garagem Records, foi gravado no estúdio Golden Pony em Lisboa e no estúdio King no Barreiro e foi produzido por Ricardo Ramos e Beatriz Rodrigues com artwork de Olaf Jens. Será apresentado em espectáculos ao vivo suados e enérgicos que são a imagem de marca dos The Dirty Coal Train.
Garage Punk com Surf & rock & roll nu, cru e directo como o género exige
O primeiro single do álbum, "Summer Asphalt", é um tema que quebra com o habitual garage punk e pontuais baladas à 60's típicos da banda e mostra um ritmo mais arrastado e guitarras "secas". Tal diferença não é estranha quando se desvenda o nome de quem compõe o tema em parceria com os The Dirty Coal Train, Carlos Mendes (ex-Tedio Boys, actual The Twist Connection). A voz no tema é assumida por Beatriz que canta sobre um casal apaixonado que vive intensamente a sua relação e o momento presente, muito inspirado no mítico casal Sailor e Lula do filme de Lynch "Wild at Heart". O sonho de filmar este videoclip no Club Noir foi realizado, um lugar lindo com uma magia muito particular e um ambiente exótico, para o qual a ajuda da Teresa Noir e Armindo Silva foi fundamental. A filmagem tem o cunho da já habitual Francisca Marvão, a Clara Cosentino na fotografia e a Paula Marvão na produção.