terça-feira, 19 de novembro de 2019

Crónica Saúde - Joana Franco



Uma vacina é uma preparação de antigénios (partículas estranhas ao organismo), que é administrada a um indivíduo, provocando uma resposta imunitária protectora específica de um ou mais agentes infecciosos.
Os antigénios das vacinas podem ser vírus ou bactérias inteiros, mortos ou atenuados, ou fragmentos desses microorganismos. O antigénio escolhido para uma vacina deve ser “imunogénico”, ou seja, deve desencadear uma reacção imunitária e não provocar a doença.
As vacinas são consideradas medicamentos, mas apresentam várias diferenças assinaláveis relativamente aos medicamentos clássicos. São utilizadas para combater e prevenir uma determinada doença específica.
Os processos de produção das vacinas são diversos:
enfraquecimento do microrganismo através de culturas sucessivas (por exemplo a vacina contra o sarampo, rubéola e papeira)
extracção das partes do microrganismo que desencadeiam a resposta imunitária (por exemplo a vacina contra a meningite C)
enfraquecimento da toxina que o microrganismo produz (por exemplo a vacina contra o tétano)
Em alguns casos podem ser incluídas numa mesma vacina mais do que um microrganismo (vacinas combinadas), como é o exemplo da vacina contra a difteria, tétano e tosse convulsa.
As vacinas têm um elevado grau de segurança, eficácia e qualidade, após vários anos de experiência e milhões de vacinas administradas em todo o mundo. Por isso, todas as crianças e todos os adultos devem cumprir os esquemas de vacinação recomendados para a sua idade e o seu estado de saúde.
Para uma vacina ser utilizada, é necessário um extenso processo, com diferentes fases ao longo de vários anos:
fase inicial: investigação em laboratório e em animais
fase de ensaio em humanos: duram normalmente vários anos e são constituídas por 3 etapas, em que, de acordo com os princípios éticos rigorosos, segurança e eficácia, as vacinas candidatas vão sendo progressivamente aplicadas a um maior número de pessoas
fase após a introdução da vacina na comunidade: vigilância estreita da eficácia a longo prazo e do eventual aparecimento de reacções adversas
Agora vem a questão que muita gente faz hoje em dia relativamente à realização de vacinas: Porque nos devemos vacinar?
Porque as vacinas salvam vidas. Antes da introdução da vacinação de rotina das crianças, as doenças infecciosas eram a principal causa de morte na infância, provocando também bastante sofrimento e incapacidade permanente.
E todos temos direito à Vacinação?

Sim. A vacinação é um direito básico de todos os cidadãos. Com a criação dos programas nacionais de vacinação conseguiu-se atingir uma percentagem elevada de cidadãos vacinados contra as doenças alvo dos programas, alcançando-se um controlo das doenças evitáveis pela vacinação, com uma enorme diminuição do número de mortos e de incapacidades.
Na próxima semana continuarei a escrever acerca da Vacinação, dos tipos de Vacinação e da sua importância para a saúde e prevenção de doenças.

Apresentação Joana Franco

Chamo-me Joana Franco, tenho 32 anos, e sou natural de Geraldes, aldeia pertencente ao Concelho de Peniche.
Enfermeira de Profissão, terminei o Curso de Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Francisco Gentil, em Lisboa, no ano de 2010.
Nos anos mais recentes abracei desafios noutros países, nomeadamente Dubai onde fiz parte um projecto na área de Turismo, e em Inglaterra, onde trabalhei como Enfermeira em “Nursing Homes”, a cuidar de Pessoas com Demência.
Em Portugal, demonstrei o meu trabalho como Enfermeira no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Hospital Júlio de Matos e, actualmente, trabalho na Clínica Psiquiátrica de Lisboa, em Telheiras.
Sou uma pessoa que aceita novas aventuras e, como tal, aceitei o convite de escrever para o Blog ‘Cultura e não Só’, em que apresento novos pontos de vista e dicas para tornar melhor a saúde do leitor