Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:
A Terra Prometida
Em meados do século XVIII, o rei Frederico V da Dinamarca e da Noruega (1723-1766) declarou que o território selvagem da Jutlândia devia ser cultivado e colonizado para que o reino se pudesse expandir. Contudo, porque o lugar era inóspito e pouco fértil, durante anos ninguém se atreveu a obedecer ao decreto do rei.
Isto até 1755, quando Ludvig Kahlen (Mads Mikkelsen) decidiu aventurar-se na criação de um colonato, na esperança de que isso lhe trouxesse riqueza e um título real. Mas para além da natureza implacável e dos animais selvagens que o obrigaram a uma luta diária pela sobrevivência, Ludvig teve também de enfrentar o sadismo de Frederik de Schinkel (Simon Bennebjerg), que acreditava que aquela terra lhe pertencia e que tudo tentou para o fazer mudar de ideias.
Estreado na 80.º edição do Festival de Veneza, onde recebeu uma menção honrosa, um drama histórico que se baseia na biografia do explorador dinamarquês Ludvig von Kahlen (nascido por volta de 1700, falecido em 1774).
A realização é da responsabilidade de Nikolaj Arcel (“Um Caso Real”, “A Torre Negra”), que escreve o argumento com Anders Thomas Jensen, tendo por base a obra “Kaptajnen og Ann Barbara”, escrita por Ida Jessen.
Amanda Collin, Kristine Kujath Thorp, Gustav Lindh, Jakob Lohmann, Morten Hee Andersen, Magnus Krepper e Felix Kramer juntam-se ao elenco.
O Panda do Kung Fu 4
Po (voz de Jack Black), o mais adorado panda da sétima arte, tem de avançar mais um passo na sua jornada de auto-aperfeiçoamento, abandonar o cargo de Grande Dragão Guerreiro e assumir-se como Líder Espiritual do Vale da Paz, algo que ele tem resistência em aceitar, dado o seu défice de atenção e a sua capacidade de liderança ser muito aproximada ao zero.
Quando ele tenta encontrar quem o substitua no cargo de Dragão Guerreiro, conhece a raposa Zhen (Awkwafina) que, apesar das suas enormes aptidões e coragem, não gosta muito da ideia de ser instruída seja para o que for. Mas os dois vão ter de se unir contra a perigosa Camaleão (Viola Davis), uma feiticeira metamórfica que tem como objectivo apoderar-se do Bastão da Sabedoria de Po, de forma a ressuscitar todos os mestres vilões que por ele foram derrotados e, assim, acumular os seus conhecimentos das diversas artes marciais.
Empenhados em proteger o Vale da Paz da tirania da Camaleão, os dois novos amigos vão descobrir que os heróis podem ser encontrados nos lugares mais inesperados e que, muitas vezes, as vulnerabilidades de cada um podem dar espaço a algo muito poderoso.
Produzido pela DreamWorks Animation, distribuído pela Universal Pictures e assinado por Mike Mitchell (“Shrek para Sempre”, “Alvin e os Esquilos 3: Naufragados”, “O Filme Lego 2”) e pela estreante Stephanie Stine, esta aventura animada conta ainda com as vozes de Dustin Hoffman, James Hong, Bryan Cranston e Ian McShane, que voltam a assumir as personagens dos filmes anteriores. Na versão dobrada em português, as vozes pertencem a Marco Horácio, José Raposo, Laura Dutra, Peter Michael e Pedro Bargado.
Carmen
Benjamin Millepied, dançarino e coreógrafo francês radicado nos EUA, assina mais uma adaptação da clássica história de Carmen, escrita em 1845 por Prosper Mérimée (1803-1870) e celebrizada na ópera de Georges Bizet (1838-1875).
Nesta reinterpretação da história, transposta para os dias de hoje, Carmen (a cantora e dançarina Melissa Barrera) é uma jovem mexicana que, ao atravessar a fronteira com os EUA para escapar a um cartel de droga do seu país, conhece Aidan (Paul Mescal), um ex-fuzileiro, que assassina um colega para lhe salvar a vida.
Transformados em criminosos, os dois foragidos refugiam-se no clube de dança de Masilda (Rossy de Palma), uma grande amiga da mãe dela, que vive em Las Vegas.