quarta-feira, 8 de julho de 2015

Festival das Artes 2015...porque este ano HÁ FESTA!


O Festival das Artes recebe a 24, 25 e 28 de Julho três grandes festas com espectáculos de artistas de renome nacional e internacional: Mário Laginha, Catarina Wallenstein e Gisela João no Ciclo da Música e a companhia de Clara Andermatt no Ciclo das Artes de Palco.
“Música e Palavras” é o titulo do espectáculo que Mário Laginha e Catarina Wallenstein apresentam na sexta, 24 de Julho, no Anfiteatro Colina de Camões, na Quinta das Lágrimas, uma criação especialmente concebida para o Festival das Artes. Um recital a dois em que o pianista vai tocar embalado pelas palavras festivas  de uma das actrizes mais cobiçadas da actualidade portuguesa. 

Mário Laginha é um músico que tem explorado, sobretudo nas últimas décadas, vários géneros musicais, do jazz a sons do Brasil, da Índia, de África, a pop e o rock, sem esquecer as bases clássicas que influenciaram o seu primeiro projecto a solo (Canções e Fugas, de 2006). Ficaram na história as parcerias musicais que estabeleceu com outros músicos, como a cantora Maria João o os pianistas Pedro Burmester e Bernardo Sassetti. Catarina Wallenstein estudou em Lisboa e Paris. No Teatro colabora frequentemente com os Artistas Unidos, onde integrou os elencos de Não se Brinca com o Amor, de Musset; A Estalajadeira, de Goldoni e mais recentemente Gata em Telhado de Zinco Quente, de Tenessee Williams, sob a direcção de Jorge Silva Melo.

No sábado, 25 de Julho, a noite vai cair sobre o Anfiteatro Colina de Camões ao som de uma grande “Festa do Fado”, com a voz da fadista Gisela João a encantar o público,  acompanhada por Ricardo Parreira, na guitarra portuguesa, Nelson Aleixo, na viola clássica e Francisco Gaspar, no baixo acústico.


Como Miguel Esteves Cardoso escreveu no Público, “Amália Rodrigues foi a grande fadista do século XX. (…) Sei e sinto, com a mesma força, que Gisela João é a grande fadista do século XXI. (…) É essa a dimensão de que estamos a falar. (…) Aconteceu um milagre: ouça.” Gisela João nasceu em Barcelos e viveu seis anos no Porto antes de se mudar para Lisboa, seguindo o sonho do canto. Conquistou primeiro meia Lisboa e depois Lisboa inteira, das Casas de Fado à mítica discoteca Lux e do Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém ao Teatro São Luiz. Gravou o disco com o seu nome em Julho de 2013 que, duas semanas mais tarde, alcançou o primeiro lugar no top de vendas nacional. E que recebeu o prémio revelação Amália. 

O Ciclo das Artes do Palco encerra, na terça, 28 de Julho, o Festival das Artes, com a dança  "Fica no Singelo", com produção de PédeXumbo e Companhia Clara Andermatt, seguido  de um baile em que todos estão convidados a dançar para acabar a 7ª edição deste festival em FESTA! 


"Fica no Singelo" surgiu da vontade de trabalhar o universo da dança e da música tradicionais portuguesas e implicou, desde logo, um intenso trabalho de pesquisa sobre as técnicas, os materiais e as funções associadas aos bailes populares e ao folclore. Nessa tarefa, a Companhia Clara Andermatt contou com a colaboração da Associação PédeXumbo, uma estrutura classificada como Entidade de Utilidade Pública e que promove, desde 1998, a música e a dança de raiz tradicional 
por meio de projectos de investigação, registo, formação e criação artística. Clara Andermatt é considerada uma das pioneiras da Nova Dança Portuguesa - um movimento que, na segunda metade dos anos 80, assumiu uma linha estética de ruptura com as linguagens canónicas do passado. Iniciou a sua formação com a mãe, Luna Andermatt, recebendo, em 1980, uma bolsa de estudo do London Studio Centre. Depois de ter realizado vários estágios em Inglaterra e nos EUA, foi convidada pelo Professor Mervin Nelson para um curso de teatro em Nova lorque. Foi bolseira do Jacob's Pillow (Massachussets, 1988), do American Dance Festival (Durham, 1994) e do Bates Dance Festival (Maine, 2002). Entre 1984 e 1988, sob a direcção de Rui Horta, foi bailarina da Companhia de Dança de Lisboa e, entre 1989 e 1991, da companhia catalã Metros, de Ramón Oller. Em 1991 Clara Andermatt cria a sua própria companhia, coreografando um vasto número de obras regularmente apresentadas em Portugal e no estrangeiro. Entre os vários prémios e distinções que recebeu, destaca-se o Prémio Almada, atribuído em 1999 pelo Ministério da Cultura à obra “Uma história de dúvida”, também eleita Espectáculo de Honra do Festival de Almada.