Um romance profundo, ao mesmo tempo negro e divertido, de um autor que ganhou o Booker Prize por duas vezes.
Uma mulher dos subúrbios de Melbourne torna-se inimiga pública dos Estados Unidos da América. Fosse inadvertidamente, fosse uma declaração de guerra, certo é que a acção iniciada pela hacker Gaby Bailleux ameaça trazer para a luz do dia segredos que muitos gostariam de manter encerrados.
Para Felix Moore, jornalista australiano a quem sobram problemas, em causa está uma acção que faz parte do conflito latente entre a Austrália e a América. Financiado por um amigo, decide investigar e escrever a biografia de Bailleux. Com isso, espera salvar-se a si próprio. Mas talvez a salve também de uma possível extradição para os EUA.
Quem é esta mulher? Alguém a precisar de salvar a pele, por certo. «Foi só então que vi, na entrada escura do túnel, a minha fonte. Era luminosa, tinha uma pele de clima nublado e cabelo emaranhado cor de trigo. Vestia uma camisola de alças, encardida. Tinha sujidade acumulada nas clavículas e os braços nus cruzados sobre os seios.»
Este romance, com sabor policial, é uma empolgante história que leva o leitor ao mundo dos hackers e dos radicais. Falando com desassombro do passado, tem o presente e o futuro na mira.
Sobre o Autor
Peter Carey nasceu em 1943, na Austrália. Vive actualmente em Nova Iorque.
Venceu por duas vezes o Booker Prize. Foi ainda distinguido duas vezes com o prémio Commonwealth Writers e três vezes com o prémio Miles Franklin.
Colaborou no guião do filme Até ao Fim do Mundo, de Wim Wenders, e é autor de treze romances, três colectâneas de contos e dois livros de viagens.