segunda-feira, 27 de julho de 2015

45 anos sobre a morte de Salazar. "O Fim e a Morte - Últimos dias do ditador"


Assinalam-se hoje 45 anos sobre a morte de Salazar. Para destacar esta data A Esfera dos Livros publica uma 2ª edição, ampliada e com documentos inéditos, da obra Salazar. O Fim e a Morte, livro escrito por Eduardo Coelho (pai) e António Macieira Coelho (filho).

Eduardo Coelho, médico pessoal do ditador, e o seu filho, António Macieira Coelho, mostram neste livro as circunstâncias que originaram o final da longa governação do ditador, desde a queda de uma cadeira no Forte de São João do Estoril até à sua morte, bem como o declínio da ditadura.

Os autores respondem a algumas das muitas especulações sobre a operação de Salazar e os seus contornos, depois de lhe ter sido diagnosticado um hematoma intracraniano subdural. O que realmente se passou na sala de operações? Quem operou na realidade Salazar? Os diagnósticos dos diferentes médicos que observaram Salazar nunca foram consensuais.

Este livro é um retracto humano de Salazar, enquanto doente e moribundo, mas também uma perspectiva do conflito de interesses que giravam à volta do político, que nesta obra surge numa intimidade nunca antes revelada.

Sinopse

A 27 de Julho de 1970, morria António de Oliveira Salazar, que havia governado Portugal durante 36 anos. Escrito pelo médico pessoal do Presidente do Conselho, este livro é um documento fundamental para compreender as circunstâncias que originaram o final da longa governação do ditador e a sua morte.
Em Setembro de 1968, Salazar cai de uma cadeira no Forte de São João do Estoril. Alguns dias depois, o seu médico, Eduardo Coelho, diagnostica-lhe um hematoma intracraniano subdural e defende que o chefe do Conselho tem de ser operado com a máxima urgência. A ditadura entrava em declínio bem como a sua figura máxima. Muito se especulou sobre esta operação e sobre os seus contornos. Os diagnósticos dos diferentes médicos que observaram Salazar não eram consensuais. O que realmente se passou na sala de operações? Quem operou na realidade Salazar?

Eduardo Coelho, médico pessoal do ditador, e o seu filho, António Macieira Coelho, respondem a estas questões e apresentam-nos um retrato humano de Salazar, enquanto doente e moribundo, mas também um retrato do conflito de interesses que gravitavam à volta do político, que nesta obra surge numa intimidade nunca antes revelada. Um documento notável que traz luz sobre um momento decisivo da História recente de Portugal.
                                                                                        
Sobre os Autores

Eduardo Coelho nasceu a 7 de Dezembro de 1895 no lugar do Tanque, concelho de Santo Tirso. Casou em 18 de Julho de 1925 com Maria Matilde de Macedo Dias Macieira, de quem teve cinco filhos. Faleceu em 10 de Julho de 1974. Fez os estudos liceais no Porto. Inicia os estudos de Medicina em Coimbra, que termina em Lisboa. Em 1923, defende a dissertação de doutoramento Das Relações do Estado Cerebral com o Estado Mental. Em 1927, colabora com Egas Moniz na investigação que conduziu à descoberta da angiografia cerebral. Em 1949, depois do concurso de provas públicas, é nomeado professor catedrático de Medicina Interna e, no mesmo ano, vice-presidente da então constituída Sociedade Europeia de Cardiologia. Pertenceu aos comités de redacção das principais revistas internacionais de cardiologia. Sob a sua direcção, as Clínicas de Propedêutica Médica e de Cardiologia e o Centro de Estudos de Cardiologia produzem grande número de trabalhos científicos. Em 1952, com os seus colaboradores, realiza a primeira visualização das artérias coronárias no homem. Foi ainda o impulsionador da Escola Portuguesa de Cardiologia e o fundador da Escola de Cardiologia de Lisboa. Principais livros científicos: Trombose das Coronárias e Enfarte do Miocárdio (1933, Bertrand, Lisboa), publicado em 1934, pela Masson em Paris, com o título L'Infartus du Myocard, e que é o primeiro livro na Europa sobre enfarte do miocárdio; A Patologia da Circulação Coronária (Bertrand, 1937); La Pathogénie des Alterations Electrocardiographiques de la Pericardite (Paris, 1947); Vinte e Cinco Anos de Trabalhos Científicos de Patologia e Clínica Médica (Lisboa, 1949); Cursos de Cardiologia, 5 volumes, e Fisiopatologia e Diagnóstico das Cardiopatias Congénitas (1970). Principais livros de ensaio e cultura: Da Filosofia da Medicina e Outros Ensaios; Da Problemática da Universidade; Temas Universitários; Sob os Plátanos de Cós.


António Macieira Coelho. Economista. Licenciado em Economia. Leccionou no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa e na Universidade Lusófona, sendo ao longo dos anos júri das provas de Gestão no INETE/Ensinus. Pela AIESEC participou na Universidade Livre de Berlim no Seminário com a presença do primeiro Prémio Nobel de Economia Jan Tinbergen, 1961. Foi bolseiro no Deutsche Bank, Dusseldorf, 1962, do DAAD nas Universidades de Bona, Colónia e Frankfurt, 1976, onde foi convidado a dar aulas. Articulista dos extintos Diário Popular e Tempo e do semanário Expresso. A par da análise e consultoria económica é investigador da história económica, com comunicações e conferências no país e no estrangeiro. Foi vice-presidente da Confederation Internationale des Asociations de Diplomés en Sciences Economiques, Neuchâtel. É membro da Sociedade Portuguesa de estudos de Século XVIII com participação em muito colóquios e conferências e da The American Economic Association que o inscreveu no Who’s Who in the World, Marquis Who’s Who, Chicaho, Illinois, 6th edition, 1982-1983. Deputado municipal em Oeiras onde foi coordenador e organizador do Seminário Internacional sobre Poder Local, 1993. Agraciado com a medalha de ouro de Mérito Municipal e Nacional, 1996. Foi conselheiro da UGT e presidente da Comissão Fiscalizadora de Contas. Auditor dos cursos de Defesa Nacional (IDN, 2002/2003) como representante da Ordem dos Economistas, cujos órgãos nacionais integrou. É membro do Conselho Consultivo da Fundação Marquês de Pombal.