sexta-feira, 24 de maio de 2019

Cassete Pirata editam primeiro longa duração - A Montra


Os Cassete Pirata lançam o seu aguardado disco de estreia - longa duração - “A Montra” este mês de Maio. O single “Ferro e Brasa”, dá um passo em frente na revelação da música deste disco e rasga a cumprir todas as promessas que se adivinhavam desde logo nos corações expectantes dos ouvintes e já seguidores desta jovem banda portuguesa. 

“Ferro e Brasa” é a força e energia de quem veio para ficar e ganha simbolismo e narrativa pelas mãos do realizador Ricardo Oliveira, no vídeo-música lançado pela banda. O single abre também o alinhamento dest’A Montra de 10 canções. 

No disco, a “Ferro e Brasa” segue-se a introspecção de “Paz e Guerra” e a consciência das dores de crescimento de “Agora Já Não És Capaz”, uma homenagem às separações de irmandade que o tempo nos traz. Ainda seguindo os temas do disco, encontramos “Outro Final Qualquer” que nos tinha já sido revelada o ano passado; a electricidade de “Chora Mãe”, que conta com a participação da voz inspiradora de Samuel Úria; e ainda a canção que dá nome ao disco, numa celebração ao percurso do artista, uma sucessão de desafios de integridade e de entrega.

Ouvimos ainda a carta de despedida que é o tema “A Próxima Viagem”, com a saudade que depois transportamos para “Alentejo”, numa recordação das paisagens calmas que queremos recuperar toda a vida. Em “Sem Ar” ganhamos energia e fôlego para a canção que fecha o disco, “Sem Saber ao Quê” é um olhar que ascende à procura de respostas às nossas dúvidas mais profundas, uma paragem no caminho para reflectirmos interiormente — ‘quantos mais destinos’ podemos nós ser.
Num trabalho sempre conjunto com o produtor Luís Nunes (que conhecemos como Benjamim), é João Firmino (Pir), que na linha da frente da banda garante a voz e a guitarra, o autor de todas as canções. À volta do Pir, sustentam as vozes e os teclados de Margarida Campelo e Joana Espadinha e, todos, encaixados na estrutura de energia que são o baixo de António Quintino e a bateria de João Pinheiro. 

A banda salta da Montra para o palco, estreando este álbum ao vivo, no Salão Brazil, em Coimbra, dia 29 de Maio; nos Maus Hábitos, no Porto, dia 30 de Maio e finalmente em Lisboa, no Musicbox, a dia 1 de Junho. Com a compra do bilhete destes três espectáculos, cada espectador receberá um exemplar do disco, que estará disponível nas lojas a partir do mês de Junho. A edição digital do disco terá ainda incluídas as quatro canções do EP de estreia da banda.


“A vitrine, a montra, é a ponte entre a loja e o consumidor, responsável pela primeira impressão que o público tem dos produtos. A sua função não se limita a expô-los, mas também ajuda a construir a narrativa e a identidade da loja.
O que nos levou à concepção de algumas das letras e canções deste disco surge em torno da vida dos artistas e da exposição por que passam. A exposição e contexto leva por vezes à percepção de que são “apenas” mais um produto.
Se por um lado a montra o embeleza e o enaltece, por outro pode afastar-nos da importância pelo processo que as coisas passaram até chegar ali. No percurso artístico, a expectativa não deve recair desiquilibradamente sobre o produto final por si só e estamos, por isso, sempre no balanço entre desfrutar do processo e perceber com olhos renovados o resultado a que esse caminho nos leva.
No fundo, este disco é o resultado orgânico, por vezes mais moroso e sinuoso, mas sempre rico e deslumbrante de como é (sobre)viver como banda, como artistas, como personalidades íntegras, neste jogo onde estamos agora a entrar. Este é o nosso primeiro disco, é a nossa primeira Montra.” Diz-nos João Firmino (Pir), que encabeça, os Cassete Pirata.

Nesta vitrine é destacada a narrativa do trabalho diário de um artista na construção da sua música que se assemelha ao processo que cada um de nós passa, individualmente, sobre a busca de nós próprios. A exposição e o avanço que se faz na direcção dos outros implica sempre um desprendimento para com a expectativa que recai sobre os outros, sobre os resultados finais de cada momento. O caminho conjunto é então uma busca pela justiça a ser feita ao processo único que é aquele que nos conduz a cada dia — e a um artista o que o conduz à sala de ensaios, ao palco, aos escaparates, num encontro verdadeiro com o público. A espreitar do mostruário da música portuguesa desde 2017, com “Pó no Pé” , “Outra Vez”   e “Sem Norte o EP de estreia dos Cassete Pirata prometia-nos desde logo um disco digno de nota do pop rock actual.