quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

"Valsa de Três Notas Só" é o single de avanço do novo disco de Aníbal Zola


“Valsa de Três Notas Só” é um tema escrito há três anos que tem como inspiração o “Samba de Uma Nota Só” de António Carlos Jobim e Newton Mendonça.

Com uma letra muito curta, diz que não é por querer incluir muitas influências ou complicar muito uma canção que esta será especial para quem a compõe. Fala daquela faísca de inspiração algo misteriosa que é difícil explicar de onde vem. Foi uma canção escrita muito rapidamente e que desde aí Aníbal Zola teve sempre muito medo de lhe mexer por achar que estava perfeita só assim, simples.
Por sentir que é a música mais “redondinha” do disco, o artista sentiu que era a escolha óbvia para primeiro single do álbum.

O videoclipe, realizado por Mimi Sá Coutinho, desta música não tem nenhuma ideia de enredo cinematográfico a não ser uma boa fotografia, a música fala bem por si só. De salientar o pequeno brinquedo utilizado para simular os sopros, da Fábrica de Brinquedos Pepe, comprado na Feira do Capão em Freamunde. Segundo o vendedor, nem os chineses conseguem imitar esta relíquia!



Sobre o disco "Amortempo"

Amortempo é essencialmente um disco de canções em português com uma abordagem musical de busca de identidade produzido por um contrabaixista. Resulta do desejo de juntar o contrabaixo e a voz a um conjunto generoso de participações de outros músicos extremamente talentosos que têm vindo a cruzar-se com Aníbal Zola. Procura essencialmente fundir música portuguesa com música latino americana e dá, com frequência, espaço para a improvisação. As letras não são mais do que as próprias inquietações do artista que se espelharam em temas já muito explorados pela humanidade, e que, em Aníbal Zola, surgiram através de um processo bastante inocente.

Amortempo tem o apoio da Fundação GDA no âmbito da Edição Fonográfica de Intérprete e será editado no dia 28 de Fevereiro.

Concertos

29 Fevereiro/ Porto, CCOP – Apresentação do disco com presença de todos os participantes 13 Março/ Vermil, Centro e laboratório artístico Clav Live Sessions – Concerto a solo

14 Março/ Amarante, 3 Mini Festival de Artes – Concerto a solo

12 Junho/ Setúbal, Casa da Cultura – Concerto em trio

Sobre Aníbal Beirão (Zola) 

Nasceu no Porto em 1983. Deu os primeiros passos na música na escola primária sendo o piano o seu primeiro instrumento. No segundo ciclo teve aulas privadas de piano durante dois anos com a professora Maria Azeredo. Mais tarde ingressou na Valentim de Carvalho onde estudou guitarra clássica durante cerca de dois anos. Começou a tocar baixo eléctrico de forma autodidacta aos 16 anos tendo começado a ter aulas aos 18 com o professor Helder Mendonça e um ano mais tarde, na Escola de Jazz do Porto com o professor João André Piedade durante três anos. Neste período, estudou engenharia civil na FEUP e fez parte do projecto musical Pay Per View? com quem teve a oportunidade de tocar em vários palcos do nosso país como o Hard Club, Festa do Avante, Valentinos, Blá Blá, entre outros.

Em 2009, aos 25 anos, motivado pelo crescente interesse na improvisação e na composição baseada na escrita de canções, regressa à Escola de Jazz do Porto desta vez para estudar contrabaixo com o professor João André Piedade e Pedro Barreiros. Fez parte de um combo que participou na Festa do Jazz do S.Luiz em 2011, ano em que é admitido na ESMAE no curso de Jazz. Terminou a licenciatura em Contrabaixo/Jazz em Julho de 2014 na ESMAE onde teve a oportunidade de aprender e trabalhar com António Augusto Aguiar, José Carlos Barbosa, Florian Pertzborn, Nuno Ferreira, Michael Lauren, Mário Santos, Carlos Azevedo, Pedro Guedes, Abe Rabade, Telmo Marques, Jeffrey Davis, entre outros. Fez parte do combo da ESMAE que participou na Festa do Jazz do S.Luiz em 2014.

Actualmente faz parte dos projectos Palankalama, Les Saint Armand, Projecto Ferver, Carol Mello e é membro fundador do projecto Aníbal Zola. Desde 2014 que utiliza a voz como um instrumento de forma profissional, apresentando espectáculos a solo ou em banda interpretando temas seus e fazendo versões de bossa nova, música portuguesa entre outras.

Em Março de 2018 lançou o primeiro álbum em nome próprio intitulado Baiumbadaiumbé apresentando-o um pouco por todo o país e também em Espanha, fundamentalmente com espectáculos a solo de contrabaixo e voz com recurso a uma loopstation. Neste disco podem ouvir-se canções acompanhadas só pelo contrabaixo, canções gravadas em 2016 para um disco de Pato Sentido que nunca saiu e pequenos arranjos com vários instrumentos tocados pelo próprio, ou seja, pequenas demos que o tempo fez com que se transformassem em temas para disco porque, independentemente do que se fizesse, nunca seria possível atingir exactamente aquela sonoridade e isso pareceu-lhe importante mostrar. É portanto um disco com um som muito particular onde se podem sentir influências da música brasileira nordestina (há um baião e um maracatú), elementos plásticos que remetem à música de Tom Zé e ao tropicalismo brasileiro, algum rock e algum folk anglo saxónico. O tema “Dona Boa Morte” que faz também parte do novo disco foi premiado com um segundo lugar no Festival da Canção Vida em Ílhavo.