segunda-feira, 22 de março de 2021

Campanha “De Mãos e Pés Atados”


Numa alusão expressiva ao sentimento comum a mais de 25 mil instrutores de aulas de grupo em Portugal, “de mãos e pés atados” é o mote da campanha de sensibilização para a situação precária destes profissionais no país, desde o início da pandemia. Com uma campanha de angariação de fundos associada, esta é a resposta da Manz, empresa líder no setor do Fitness no mercado nacional, a milhares de pedidos de ajuda recebidos ao longo do último ano.  

“O mundo parou com pandemia da Covid-19, nunca tendo a saúde ocupado um pilar tão destacado na discussão pública. E, no entanto, continua a ser deixada para trás a figura do profissional de fitness, e do instrutor de aulas de grupo em concreto, bem como seu papel de destaque numa sociedade mais saudável (física e mentalmente). O exercício físico é continuamente encarado como um ´luxo´ de quem tem tempo, e não como a ferramenta essencial que é, para todos podermos ter uma maior qualidade de vida”, começa por explicar André Manz, diretor do Grupo Manz.  

Com o intuito de dar resposta a pedidos de ajuda financeira e, em cada vez mais casos, até alimentar, o movimento “de mãos e pés atados” chega às redes sociais com um vídeo que reúne testemunhos de um pequeno grupo de instrutores, ilustrativo da comunidade. Mais de 70% destes profissionais são trabalhadores independentes, beneficiando de apoios muito reduzidos (e, em vários casos, inexistentes), e sem qualquer fonte alternativa de rendimento.  

“Por muito que possam ser uma ajuda com cada vez maior expressão, as aulas online não são suficientes. E a reabertura dos ginásios, conforme apresentada pelo Governo na mais recente comunicação de medidas de desconfinamento, também não. No universo do fitness, estamos a falar de uma grande maioria de profissionais que são instrutores de aulas de grupo. Aulas essas que não serão permitidas por mais um mês – mais um a acumular a uma situação de desespero no setor. Compreendemos e apoiamos a necessidade de restrição social, mas é absolutamente injustificável a possibilidade de utilização da sala de exercício num ginásio, e não a da aula de grupo. São espaços complementares, ambos relevantes e que, nas mesmas condições de número de pessoas por m2, distanciamento social e desinfeção de equipamento (que, no caso de muitas das aulas de grupo, nem sequer existe), não há qualquer motivo e/ou evidência científica para esta distinção”, conclui o fundador desta iniciativa.  

A angariação de fundos a decorrer na plataforma GoFundMe permite, desta forma, uma via mais urgente de captação de ajuda para os profissionais desta área que, embora na sua atuação primem por inspirar o outro, se encontram num estado crescente de desmotivação. Com um processo simples e aberto a todos, qualquer instrutor de fitness se poderá inscrever como beneficiário deste fundo, sendo apenas necessária a submissão do certificado da cédula profissional válida como único comprovativo de enquadramento. Aquando do término da campanha, a totalidade do valor angariado disponibilizado pela plataforma será distribuído igualmente pelo número de inscritos.