Neste novo trabalho de originais, CAIO abre-nos o almanaque do seu coração. Histórias de catarse e superação em capítulos que sangram uma visão crua do que é o amor, do bom que nos traz e do mal que nos faz e das várias paragens rumo a um porto seguro onde, o olhar para trás, já não dói.
João Santos tem-nos habituado ao longo dos últimos anos, a alguns dos mais interessantes lançamentos sobre o pseudónimo de CAIO. No seu cardápio de histórias, conta já com dois discos e dois EP's. O romance pela vida e as suas venturas e desventuras são o denominador comum que nos tem ligado ao menino artista que agora, nesta Travessia, se vê homem maturado por cicatrizes longe da vista, mas demasiado próximas do coração. Em Travessia, vemos a porta entreaberta para um coração dorido no que é, até ao momento, o trabalho mais profundo de Caio.
É nesta visão íntima que reside a força motriz deste novo trabalho, numa visão gutural sobre as relações humanas e a maneira como estas definem o nosso presente e nos fazem rumar ao futuro. Composto, produzido e gravado na Casa do Vento, Travessia é marcado pela experimentação, pela introdução de novas estéticas e linguagens, pelo descanso paulatino da guitarra folk em detrimento de um maior relevo ao piano, como textura matricial de uma viagem interior que expõe o artista e as suas fragilidades transformando as suas maiores derrotas em absolutas vitórias.
Contando com colaborações de Valter Lobo e Evaya entre outros, Caio apresenta-se cru, desarmado e despojado da visão naïve de outros tempos, remando contra a maré numa Travessia que tanto navega mares revoltos como em cálidas águas dando significância maior que um simples exercício de expiação. Travessia é CAIO repleto de falhas e erros, de honestidade e humildade que nos ensina mais e mais sobre o que é ser humano e sensorial.
Travessia chega em Março de 2022 com o selo gig.ROCKS! e contará com distribuição Warner Music Portugal. A apresentação do disco será no Musicbox em Lisboa no dia 17 de Março. CAIO é João Santos fazendo-se acompanhar por Henrique Guerreiro na guitarra, Bernardo Manteigas no baixo e Hugo Luzio na bateria.