segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A Arte Chegou ao Colombo


No âmbito da 9ª edição de A Arte Chegou ao Colombo, vai realizar-se no dia 30 de setembro às 19h00, na Praça Central do Centro Colombo, o leilão mecenático Mais Vieira da Silva para todos. Com o Alto Patrocínio da Presidência da República, esta iniciativa do Centro Colombo em parceria com a Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva será uma experiência inovadora e inédita num centro comercial, que pretende aproximar a arte do grande público.

A iniciativa surge na sequência da exposição Vieira da Silva. Exposição imersiva na obra da artista, uma instalação digital a partir de obras da artista, que esteve patente no Centro Colombo entre Junho e Agosto, enquadrado no projeto A Arte Chegou ao Colombo e nas comemorações dos 25 anos de abertura ao público do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva.
O leilão mecenático e presencial de licitações aberto ao à sociedade civil, convoca o público em geral benemérito e empresas e instituições a marcar presença, tendo como objetivo a aquisição de cinco litografias de Vieira da Silva que integrarão o acervo do Museu e tem organização da leiloeira Cabral Moncada Leilões. Este projeto assume uma dimensão de participação pública ainda mais vincada por contar com os donativos recolhidos junto dos visitantes, durante a exposição para financiar a compra de obras.

As obras a leilão são cinco litografias da artista – Le Tage, 1977; Les Fontaines de Rome, 1977; La Chambre, 1977; Faience, 1971; Transylvanie, 1974 - que podem ser vistas na Praça Central do Centro Colombo, de 28 a 30 de Setembro, no horário de funcionamento do Centro, entre as 10h00 e as 24h00.
O leilão mecenático Mais Vieira da Silva para todos é aberto a empresas, instituições e ao público, convidando todos a participar. Realiza-se no próximo dia 30 de Setembro às 19h00, na Praça Central do Centro Colombo. Para participar com licitações mecenáticas, basta comparecer no local e levantar a sua raquete de licitação para oferta de donativo.

Sobre Vieira da Silva

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) nasce em Lisboa. Estuda desenho, pintura e escultura em Lisboa e, em 1928, parte para Paris para frequentar a aulas de escultura e de pintura em várias academias. Em 1930 casa com o pintor Arpad Szenes (1897-1985), de origem húngara, e perde a nacionalidade portuguesa. Pintora de temas essencialmente urbanos, revela desde muito cedo preocupação com a expressão do espaço e da profundidade. Em 1932 conhece a galerista Jeanne Bucher, que desempenha um papel decisivo na sua carreira. A ameaça da II Grande Guerra traz o casal a Lisboa, mas é-lhes recusada a nacionalidade portuguesa, o que os leva a partir para o Brasil, onde vivem entre 1940 e 1947. A década de 50 traz a Vieira da Silva inúmeras exposições importantes, em França e no estrangeiro (Estocolmo 1950, Londres 1952, São Paulo 1953, Basileia e Veneza 1954, Caracas 1955, Londres 1957, Cassel 1959, entre outras). Em 1956, Arpad Szenes e Vieira da Silva naturalizam-se franceses. O Estado francês adquire obras suas a partir de 1948 e atribui-lhe várias condecorações, a primeira em 1960. Vieira da Silva acumula vários prémios internacionais e, a partir de 1958, organizam-se retrospetivas da sua obra por toda a Europa. Em Portugal, a Fundação Calouste Gulbenkian mostra a sua obra em 1970. Em 1983, o Metropolitano de Lisboa propõe-lhe a decoração da estação da Cidade Universitária. Em 1990, em Lisboa, é criada a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva cujo Museu, dedicado à obra dos dois pintores, abre ao público em 1994.