Tal como o anti‑racismo – invenção de racismos – usa, oprime e condena à pobreza e à marginalidade as minorias que diz defender, tal como o islamismo devasta território onde entre, tal como a execração da sexualidade heterossexual viola a natureza humana –, o novo feminismo não liberta mas oprime antes de mais as mulheres. Escola de embrutecimento, o neofeminismo é uma das últimas grandes narrativas dos órfãos do totalitarismo.
Se o feminismo nos anos 70 do séc. xx era um movimento de emancipação libertador, conquista justíssima de igualdade de direitos, hoje, na exportada versão norte‑americana que domina a França e grassa entre nós, não é mais do que uma máquina de vigiar e punir, e infantilizar, tentativa delirante de bestialização e lapidação cultural.
Criminalização do desejo masculino, guerra de sexos, neopuritanismo, depuração cultural das grandes criações na literatura e nas artes, política de dois pesos e duas medidas quando se trata dos homens muçulmanos, que, esses, escravizam as mulheres na nossa Europa, o novo feminismo constitui hoje sobretudo para as mulheres um inimigo que é imperativo vencerem se não quiserem tornar‑se apátridas na sua própria terra, oprimidas pelo delírio da ideologia feminista.
Libertem‑nos do Feminismo! é um livro lapidar, de grande coragem num meio hostil às liberdades, em que a filósofa Bérénice Levet explica e prova como a «causa das mulheres» não passa de um disfarce. Na verdade este neofeminismo trabalha para a desconstrução do nosso modelo de civilização. Levet convida as mulheres a erguerem‑se, a revoltarem‑se contra os novos Robespierres que se odeiam a eles próprios e querem roubar à mulher a alegria de o ser, o jogo da sedução, o que as distingue, a sua natureza e liberdade.