quarta-feira, 17 de junho de 2015

"NOVAS DIRECTRIZES EM TEMPOS DE PAZ" - 25 de Junho a 18 de Julho - Teatro Municipal Amélia Rey Colaço - Algés


A peça “Novas Directrizes em Tempos de Paz”, de Bosco Brasil, estreia dia 25 de Junho, no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés. Uma produção da Companhia de Actores, com encenação de António Terra e interpretações de Pedro Giestas e Tiago Fernandes.
A acção passa-se nos finais da II Guerra Mundial, em 1945. Clausewitz é um emigrante polaco, que decide tentar a sua sorte no Brasil, na época governado por Getúlio Vargas. Porém, ao tentar entrar no país, encontra-se com Segismundo, um oficial da alfândega, que não está disposto a permitir a sua entrada no território. Contando a sua história a Segismundo, Clausewitz embarca a audiência numa viagem para lá do que se espera.
Nesta história comovente e inesperada, o teatro, as convicções e o mundo cruzam-se... como sempre fazem. 
- O senhor quer ficar no país, não é? Se isso não for possível, o senhor será obrigado a voltar ao cargueiro...
- Eu tenho visto.
- Quem bate esse carimbo sou eu. O senhor ainda não entrou. Eu digo se o senhor fica ou segue viagem. O cargueiro vai para…
- E que eu vou fazer lá?
- E o que o senhor veio fazer aqui?
E assim vai... Uma fábula sobre os que chegam e os que estão. Sobre os que sonham e os que acordam. Sobre os que sonham e nos fazem chorar.
Galardoada com os prémios Shell e Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte, esta peça foi adaptada para o cinema, em 2009, com direcção de Daniel Filho, sob o título “Tempos de Paz”.



SOBRE O AUTOR

Bosco José Lopes Rebello da Fonseca Brasil nasceu em São Paulo, Brasil, em 1960.
Formado na Universidade de São Paulo, na Escola de Comunicação e Artes, Bosco Brasil estreia-se na dramaturgia em 1994, com o espectáculo “Budro”. Com este texto, Bosco Brasil recebe o Prémio Molière e o Prémio Shell para Melhor Autor.
No ano seguinte escreve “Actos e Omissões” e “O Acidente” (1995). 
Em 1996, Bosco Brasil funda a “Caliban” Editorial e lança a colecção “Teatro Brasileiro de Bolso”, dedicada à dramaturgia contemporânea brasileira.
Em 2001, Bosco recebe um enorme reconhecimento pela peça “Novas Directrizes em Tempos de Paz”, considerado um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea. Com esta peça, volta a vencer o Prémio Shell para Melhor Autor e o prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (2002).
Além de teatro, Bosco escreve para a televisão,sendo autor de novelas como “Bicho do Mato” e “Tempos Modernos”.

SOBRE O ENCENADOR

António Terra é encenador, director de actores, actor e cenógrafo, com mais de vinte anos de carreira no Brasil e em Portugal.
Formou-se na Casa das Artes de Laranjeiras (Rio de Janeiro) e conta com experiência em teatro e cinema.
Formador certificado, lecciona interpretação a actores e não actores, tendo relevante currículo na integração social pela arte. É fundador, Presidente e Director Artístico da "Companhia de Actores“ e fundador do "Projecto Ampliarte – cultura e intervenção social". Mentor/Director do "MITO – Mostra Internacional de Teatro de Oeiras".
É Director Artístico do Teatro Municipal Amélia Rey Colaço desde 2008, cargo que também ocupou por um ano, no Auditório do Ramo Grande (Açores).

SOBRE O ELENCO

Pedro Giestas

Nasceu em Vouzela, em 1972. Desde muito jovem fez teatro, em casa, nas escolas e em colectividades como amador. Em 1990 frequenta uma oficina em Paris e decide ser actor. Ingressa na ESTC em 1991 e termina a licenciatura em teatro e educação. Para além do teatro, desenvolve também trabalhos na área da educação, poesia, televisão, dobragens e cinema. É fundador do projecto Teatro Invisível. Trabalhou, entre outros, com Carlos Avilez, Ricardo Pais, Mário Viegas, Juvenal Garcês, Maria do Céu Guerra, Rita Lello, Ana Nave, João Lourenço, Bruno Bravo, e, nos últimos anos, numa relação criativa privilegiada com Moncho Rodriguez, com quem montou “A Visita” e “Laudamuco, senhor de nenhures”, espectáculos actualmente em digressão. Privilegia a formação de públicos, através da descentralização dos seus espectáculos. Procura desenvolver a linguagem teatral, através da pesquisa dos elementos da nossa identidade cultural popular.

Tiago Fernandes

Iniciou a carreira de actor em 2000. Do seu percurso, destaca as peças "Navalha na Carne", de Plínio Marcos; "Em Cima das Árvores", de Tiago Torres da Silva; "Danny e o Profundo Mar Azul", de John Patrick Shanley; "Loucos por Amor", de Sam Shepard e "O Tempo e o Quarto", de Botho Strauss. No cinema, destaca curtas-metragens como “Belonging” (seleccionado para o Short Film Corner do Festival de Cinema de Cannes e argumento vencedor na competição internacional Shore Scripts) e "Verão 77", de Adriano Mendes (realizador premiado no Canada International Film Festival – “Rising Star Award”, no Festival Overlook de Roma e Prémio Revelação nos Caminhos do Cinema Português). Tem ainda várias participações em Televisão.
Integra a Companhia de Actores desde 2006, que dirige com António Terra. É director executivo do Teatro Municipal Amélia Rey Colaço.