A cada quarenta segundos, alguém comete suicídio. Nos Estados Unidos, é uma das principais causas de morte entre pessoas com mais de dez anos de idade, muito mais comum do que a morte por homicídio, aneurisma ou sida.
Depois de O Demónio da Depressão, um dos maiores tratados já escritos a respeito da depressão e no qual Andrew Solomon discorre sobre esta doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, Um Crime da Solidão retoma o tema e reúne uma seleção de textos sobre o suicídio e a depressão, escritos com enorme sensibilidade, clareza e empatia.
Em relatos emotivos, o autor abre mais uma vez a porta da sua vida privada e aborda casos que acompanhou de amigos e familiares, na tentativa de alertar para o caminho de quem encontra no suicídio uma saída.
Partindo de histórias concretas, como o inesperado suicídio do amigo Terry Kirk ou o suicídio assistido da mãe, Andrew Solomon reflete ainda sobre os suicídios de figuras públicas ou celebridades literárias, como Anthony Bourdain, Robin Williams, Sylvia Plath ou David Foster Wallace.
As causas e circunstâncias, como a solidão ou a depressão; o efeito de imitação; os aspetos facilitadores (como o fácil acesso a armas) e a incompreensível incidência em pessoas aparentemente realizadas e bem-sucedidas são os principais pilares sobre os quais Um Crime da Solidão assenta, na prosa sempre inteligente e cativante de Andrew Solomon.