Com realização de José Carlos Santos e argumento de Filipa Martins, “O Ego de Egas” é baseado na biografia do Prémio Nobel da Medicina e conta no seu elenco com nomes como João Lagarto, Virgílio Castelo, Ana Nave, João Didelet, Ana Brito e Cunha, Inês Castel-Branco, Afonso Lagarto, entre outros. A história do homem que inventou a angiografia cerebral e a leucotomia para ver no dia 31 de dezembro, às 20h55, na RTP2.
O médico Egas Moniz, já com mais de 50 anos e um conceituado professor no Hospital de Santa Marta em Lisboa e responsável pelo departamento de neurologia, começa a realizar algumas investigações científicas na área do diagnóstico de doenças neurológicas. Em causa estava o desafio de obter através de Raio X um mapeamento completo das artérias do cérebro e, assim, detetar a localização de tumores. Portugal não tinha tradição de investigação científica e os seus pares olhavam com desconfiança todos aqueles que se aventuravam nos campos da pesquisa. Egas teve, assim, de enfrentar o descrédito e a oposição de superiores e colegas. Com a contratação de Almeida Lima – um jovem e promissor assistente, que se tornou um fiel companheiro de investigação – as pesquisas avançaram de forma célere. O feito leva-o à consagração e é indicado para Prémio Nobel da Medicina. Para contentamento mesquinho dos seus pares, acaba por ser preterido pelo comité. Ainda assim, a angiografia cerebral, método de diagnóstico inventado por Egas, é recebida com entusiamo pela comunidade clínica internacional, o que faz com que o neurologista promova a técnica internacionalmente. No regresso de uma dessas inúmeras viagens, Egas dá os primeiros passos para aquilo que viria a ser conhecido mundialmente como a lobotomia. Apesar de o procedimento de corte do cérebro ser polémico e ter resultados controversos, Egas ganha notoriedade mundial, sendo novamente indicado para Nobel da Medicina. Galardão que acaba por conquistar.