Numa época em que o mundo se debate com uma das maiores crises da história moderna, André Jordan publica uma segunda edição, revista e aumentada, do seu livro de memórias.
Um livro amplamente ilustrado, que se lê como uma novela da vida real.
André Jordan oferece-nos neste livro o lado desconhecido e fascinante de oito décadas de uma vida intensamente vivida, que atravessa alguns dos episódios mais relevantes da nossa contemporaneidade. Uma história, na primeira pessoa, que descreve através de retratos íntimos as personagens com quem se cruzou: aristocratas, políticos, estadistas, estrelas de cinema, grandes artistas.
Num ano que ficará para sempre marcado pelo impacte e desafios da pandemia, André Jordan recorda-nos tempos marcados por outros dramas, como a fuga ao nazismo com a família e a reconstrução posterior da sua identidade, mas também a magia dos momentos áureos que viveu em Nova Iorque, Buenos Aires e Paris. A sua chegada a um Portugal vetusto, mas pleno de promessas, onde depois testemunhou a revolução de Abril, sonhos, sucessos, fracassos, paixões e desilusões.
Através de uma narrativa fluída, revela-nos tramas e enredos em que se viu envolvido, fazendo o retrato íntimo de personagens com quem se cruzou: políticos, como Salazar, o conde Barcelona, Tito Arias ou Carlos Lacerda; grandes artistas e estrelas de cinema, como João Gilberto, Margot Fonteyn, Rudolf Nureyev ou Lana Turner; escritores de enorme talento como Luís Sttau Monteiro ou Rafael Squirru. Fala-nos da sua paixão pela música e pelas artes, e de como essa paixão o arrastou para um activismo cultural que muitos desconhecem.
Uma obra editada por:
«Quando me propus escrever um livro sobre a minha viagem pela vida, o objectivo foi registar o testemunho de quase um século, no qual o mundo encolheu e todos vivemos com todos. Cheguei até aqui fazendo a travessia de situações e desafios interessantes, em relacionamento intenso com seres com quem vou compartilhando os espaços para onde a vida me leva, encarando as missões que vão surgindo e os obstáculos que vão aparecendo. É um relato verdadeiro, porém, incompleto. Espero que gostem. E se não gostarem, não digam…»
De tudo vamos encontrar nas histórias da sua história de vida. Vale a pena conhecer esse outro André Francisco Spitzman Jordan, o menino que fugiu da Polónia com os pais quando deflagrava a Segunda Guerra Mundial, a tempo de escapar aos campos de concentração nazis, e que hoje apenas identificamos com o empresário de obra reconhecida e elogiada.
Da Polónia para Portugal e depois rumo ao Brasil, a família Spitzman Jordan conquista um lugar de destaque no Rio de Janeiro dos anos 1940, uma década de glamour contrastante com a devastação da guerra na Europa. Antes de se juntar ao pai na condução dos negócios da família, o jovem André Jordan ainda realiza o sonho de ser jornalista, o que lhe proporciona conhecer personagens extraordinárias da cultura e história do século XX, com as escolas de samba e a Bossa Nova em pano de fundo. Vive em Nova Iorque, Buenos Aires, Paris e Londres, lugares onde vai fazendo amizades com uma panóplia de personagens contrastantes: aristocratas, líderes políticos de todos os quadrantes ideológicos, académicos e artistas famosos.
Portugal conquista-o, numa fase da vida em que tudo parecia correr mal: a morte do pai, o divórcio e o afastamento dos filhos, o impasse profissional. Do percurso posterior, mais público entre nós, como criador da Quinta do Lago, de Vilamoura XXI, ou do Belas Clube de Campo, revela-nos episódios surpreendentes.
«Uma Viagem pela Vida», de André Jordan, conta-nos a história de uma das personagens mais fascinantes do Portugal contemporâneo, por onde passam grandes figuras públicas e alguns ilustres desconhecidos. É o testemunho de um homem notável, contador de histórias fantásticas na primeira pessoa, com as etapas mais difíceis, não só as mais felizes, as experiências enriquecedoras, mas também as frustrantes. Tudo num livro amplamente ilustrado e que se lê como uma novela da vida real, onde cabem contos de fadas, romance histórico, lutas de poder, crónica financeira e prosa poética.
Com posfácios de Teresa Patrício Gouveia e Luís Braga da Cruz, esta é, nas palavras do próprio autor, «a história de uma vida vivida com amor, com tanto de exaltação quanto de desilusão».