«Eu tinha 22 anos quando Salazar abandonou o governo, em 27 de Setembro de 1968, e 24 quando ele morreu, em 27 de Julho de 1970. (…) Na memória tenho aquela voz característica, com convicção mas ainda clerical e guardando sempre um fundo de pronúncia beirã».
Durante 40 anos, António de Oliveira Salazar comandou os destinos de Portugal. Décadas após a sua morte, o seu nome continua a suscitar polémica. Defendido por uns, acusado por outros. Idolatrado ou odiado, símbolo de uma época de ouro recordada com saudade ou da estagnação e do «atraso português»?
Jaime Nogueira Pinto apresenta-nos o outro retrato de António de Oliveira Salazar, pensador, político e homem de Estado. Restaurou as Finanças Públicas, substituiu a Ditadura Militar por um Estado constitucional autoritário, disciplinou os seus «amigos» e aliados de direita e conduziu uma arrojada e bem sucedida política externa na década de grandes conflitos europeus. Para Jaime Nogueira Pinto, quando Salazar abandona o poder, deixa um país mais desenvolvido, material e espiritualmente, do que aquele que encontrou em 1928.
Com um novo prólogo, este livro traça um perfil diferente e, para muitos, surpreendente do estadista, com alguns episódios e ditos, até agora, desconhecidos e fotografias inéditas. Mas, também esboça o retrato de Portugal e da sociedade portuguesa na sua relação com a Europa e o Mundo, no século XX.